quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A Teologia da Aflição


Quase ninguém se dispõe a pensar ou estudar sobre a teologia da aflição, simplesmente porque ela contrasta com os fundamentos da teologia da prosperidade que afirma que se você não está bem financeiramente, a bênção de Deus não está sobre a sua vida, que estar com Deus é andar sempre por águas tranquilas.

O que quase ninguém sabe é que a aflição em si independe do estado financeiro e não estamos isentos de passar pelo vale da sombra da morte.

A aflição é algo que te aperta, tira o seu sono, tira a paz de espírito, pode ser algo financeiro, mas não só financeiro, problemas de saúde, familiar, relacionamento, incapacidade de atingir metas pessoais que fazem a pessoa sair da zona de conforto, veja o que diz o Salmo 34:17: “Suplicam os justos, e o Senhor os ouve e os liberta de todas as suas aflições.”

A aflição de certo modo torna-se um mal necessário, uma vez que nos provando em suas diversas facetas, testa a nossa perseverança e fé, Jesus disse: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo.” Jo. 16:33, Tiago, irmão do nosso Senhor entendeu isto ao escrever: “Porquanto sabeis que a prova da vossa fé produz ainda mais perseverança.” Tg. 1:3

Estamos enfrentando dias em que seremos afligidos em nossa fé, na convicção e na liberdade de servir a Deus, um dos sintomas dos finais dos tempos seria justamente este, a perseguição da fé, este é o tipo de aflição em ricos e pobres passarão, pois é algo intangível, a teologia da prosperidade nesse caso será nula. Você pode prosperar e ser afligido.

A questão é, ainda que passemos pelo vale da sombra da morte, se mantivermos a nossa convicção em Cristo Jesus, a própria morte se curvará com suas dores ao poder da fé, as leves e momentâneas tribulações nada se comparará ao peso eterno da glória que nos está proposto, Hebreus 11 relata em sua galeria de heróis da fé a respeito daqueles que sofreram por amor a Cristo, escreveram seus nomes na história e no livro da vida.

Um grande abraço

Até a próxima.


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Yes! Eu Sou um Político!



Muitas pessoas principalmente dentro do meio cristão ignoram a política uma vez que não há um histórico muito favorável entre a relação política/religião, devemos nos lembrar que a partir de Constantino (300dC) a política foi utilizada como um isca, transicionando a era da perseguição para a era da deteriorização do evangelho.

Com o surgimento da democracia moderna onde o estado é laico, ou seja, serve a todas as religiões sem se envolver com nenhuma delas, o senso de justiça e honestidade simplesmente desapareceram por não haver nenhum regulador ético, papel aparentemente exercido pela igreja. Tal situação causou uma orejiza ao povo cristão que defendem que igreja e política não se misturam.

Mas o que dizer das escrituras sagradas? O Antigo Testamento é um livro político, Deus queria governar o povo, estabelecer a Teocracia, lutou por isto até surgirem os reis e homens de Deus foram estes reis, alianças espirituais foram consolidadas com eles, profetas viveram no palácio, homens públicos reconstruíram Jerusalém e com sabedoria foi dito: “Quando o justo governa, o povo se alegra”.

Ainda que muitos dizem que Jesus aboliu o Velho Testamento, erro primário de interpretação, é necessário lembrar que ele veio instituir o Reino de Deus, representado e gerido por homens, a quem o Apóstolo Paulo credita a autenticidade de sua autoridade em Romanos 13:1 – “Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus. Assim, aquele que resiste à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus; e os que a ela se opõem, atraem sobre si a condenação”. Eximir-se das obrigações políticas e de assuntos relacionados por conta de uma posição radical contra o mal, é se afastar das escrituras, é pecado de omissão.

É válido lembrar que acontecimentos revelados pelo próprio Jesus a respeito das últimas coisas se darão em caráter político, como o surgimento da Besta e o Anti Cristo, as guerras contra Israel, Gogue e Magogue não são profecias espirituais, o governo de Deus no milênio e a Nova Jerusalém com a Igreja desposada do Cordeiro administrando o mundo não são lendas abstratas. Se eu acreditar que posso influenciar não apenas espiritualmente como um regulador ético, como os profetas eram em suas épocas, se eu acreditar que posso cumprir e restaurar a bênção do domínio perdido no Éden e lutar por uma sociedade justa, protestando contra o pecado não apenas no templo, mas principalmente no palácio como fazia João Batista, se eu não me omitir quanto ao futuro do meu país, mas orar, confessar os pecados da minha nação e lutar para que ela suba à eternidade, se eu trabalhar para que homens ou mulheres tementes a Deus estejam nesses lugares me representando enquanto eu como pastor prego o evangelho, se isto me faz ser um crente político, então Yes! Eu sou um Político.

Um abraço e até a próxima
 Pr. Edney de Souza Oliveira.



segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Ficarão de Fora os Cães

A cada dia que passa estou convencido de que a eternidade está mais próxima e mais palpável, a minha consciência me puxa todos os dias a refletir sobre como estou caminhando para este fim. Meus sermões giram com mais frequência para este tema e me sinto na obrigação como cristão e pastor, orientar para que todos estejam também.
Muitas restrições ao reino eterno são passadas, mas algumas me chamam atenção, muitos pecados ou frutos de iniquidade são mais evidentes e mais trabalhados, mas não podemos deixar de observar o contexto.

Uma vez um jovem me perguntou o que significava: “ficarão de fora os cães”, naquele momento tive o discernimento do Espírito para explicar-lhe que os cães são violentos, irracionais, são como aqueles que agridem, fisicamente e por palavras, o trato com o próximo é comparado assim, veja o que disse Paulo aos Gálatas: Porém, se mordeis e devorais uns aos outros, cuidado para não vos destruirdes mutuamente! Gl. 5:15 (BKJ).
Palavras agressivas são como mordidas, revelam uma ira escondida, o fruto da carne latente.

Do contrário que o próprio Jesus nos recomenda, vive em tolerância, perdoando, amando o próximo como a nós mesmos, a sociedade de hoje vive numa espécie de intolerância nata, onde a justiça própria impera, impedindo a convivência pacífica, impossibilitando o acesso ao reino de Deus, porque está escrito: Esforçai-vos para viver em paz com todas as pessoas e em santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Hb. 12:14 (BKJ).

Fico imaginando que aqueles sem afeição, de cara amarrada, que respondem a tudo grosseiramente, intolerantes, que usam da verdade e da honestidade um pretexto para machucar o próximo, estarão diante do Todo Poderoso e não poderão entrar porque nunca deixaram que o Espírito Santo moldasse o seu interior, pois não sabem ou ignoram o que está escrito: A resposta branda desvia o furor, mas a palavra ríspida desperta a violência. Pv. 15:1 (BKJ), e tudo isto está revelado pelo conteúdo do coração, pois a boca fala o que dele está cheio.

O reino de Deus é para ovelhas, não bode ou cães!

Um grande abraço e até a próxima!

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

DICAS PARA TIRAR SOLOS


Todo músico gosta de tirar solos de grande músicos,  mas desistem. Aqui vai CINCO dicas para tirar solos, seja em qualquer instrumento:
1 - Ouça bastante a música, o cérebro absorve qualquer informação repetida inúmeras vezes;
2 - Conheça a base melódica da música, tire primeiro as notas básicas, toque no violão, teclado ou qualquer instrumento;
3 - Divida o solo em partes, se o solo for longo, divida em trechos e vá tirando parte por parte, é o erro de muitos músicos tentar tirar um solo por completo, ao dividir, reduz-se o tempo de trabalho;
4 - Faça o solo sem aplicações de técnicas, faça o desenho do solo sem técnica alguma, dedilhe ou use pizzicato, assim você conhecerá primeiro o desenho do solo e memorizará;
5 - Após memorizar a melodia e o desenho do solo, aplique a técnica e a dinâmica ao solo, sempre em baixa velocidade e depois gradativamente aumente até chegar ao resultado desejado.

Um Grande abraço, e até a próxima!
Edney de S. Oliveira


Pra começar, uma vídeo aula da música: Tudo Que Tem Fôlego:
(comente na página principal)

CAPACIDADE CRIATIVA DOS MÚSICOS

Quando comecei tocar trompete aos 10 anos, ouvia muita música clássica e muito jazz, ficava imaginando como aqueles músicos conseguiam uma performance com tanta habilidade, o que mais me fascinava não era o que eles executavam, mas qual raciocínio usava para chegar àquele resultado.
Após migrar para o contrabaixo,  toquei aproximadamente cinco anos por puro instinto até entrar na academia de música.
Quando aprendi o mecanismo da música, e vi que tinha inúmeras possibilidades de execução, percebi entãoque a concepção de criatividade dentro do louvor estava totalmente equivocado.
 A ideia de criatividade e profissionalismo dentro do louvor de uma igreja restringe-se à mera clonagem musical, ou seja, ouve-se o CD, tira-se igual, e toca-se igual. Quando um CD é gravado o arranjo já está fechado, dificilmente há espaço para inovações! Então afirmo: Não há criatividade em copiar algo que já existe.
Mas isso é justificável pela falta de tempo, a correria do dia a dia onde ninguém mais consegue ficar duas ou três horas por dia treinando inúmeras escalas, aperfeiçoando a técnica. Por um outro lado
é prejudicial porque não há conhecimento técnico suficiente para se construir algo original.
A Bíblia diz nos Salmos 33 - "Louvai ao Senhor com INTELIGÊNCIA e com ARTE". Novos cânticos devem surgir a todo o momento, pois isso agrada ao Senhor, aqui vai algumas dicas:
- Estude teoria,
- Aperfeiçoe a sua técnica;
- Deus soprou sobre você o próprio espírito criativo dEle;
- Ponha para fora o seu lado criativo;
- Não tenha medo de ousar;
- Não pense que outras pessoas não irão gostar,  do que você criou, o seu louvor é pra Deus.
- Mescle estilos e técnicas;
- Estude uma música e toque-a em outros ritmos;
- Se você compõe, comece fazendo versões de músicas como exercício  e depois faça suas próprias letras.

Um grande abraço e até a próxima!
Edney S. Oliveira

Para Cantores

Muitos cantores sofrem na hora de escolher as músicas que irão cantar, além da afinidade com o cantor existe a questão da tonalidade, uma vez que quando se compõe uma música, pensa-se na voz do cantor, o que dá um brilho especial, aqui vai alguma dicas para você ter sucesso.
1 – Escolha uma música no tom de sua voz, forçar a garganta em músicas de tom alto ou baixo demais é prejudicial às pregas vocais, em longo prazo dá uma sensação de rouquidão permanente além do cansaço. Muitos cantores têm a sua carreira abreviada por conta disso;
2 – Se você pode, mude o tom da música. Adapte a música à sua fisiologia, mas lembre, cuide para que não tire o brilho da música;
3 – Defina pontos de respiração para que a dinâmica da música seja viabilizada, se possível marque no papel e circule na letra onde você deve respirar, assim irá fluir melhor;;
4 – Tenha os cuidados essenciais de preservação: Faça exercícios de aquecimento, as pregas vocais são músculos que precisam ser aquecidos como qualquer um outro antes de atividades prolongadas;
5 – Estude e utilize técnicas que possibilitem realizar resultados expressivos sem prejudicar a voz, como “falsetes” por exemplo.

Um grande abraço e até a próxima!
Edney S. Oliveira
30 de março de 2011


(comente na página principal)

Padrão Musical

A grande luta entre os músicos e líderes de louvor é a influência musical mundana e o padrão musical empregado nos ministérios de louvores existentes na igreja.
O fato é que geralmente os músicos e levitas nem sempre são crias da casa, eles se convertem já sendo músicos e quando chegam à igreja, vem com vícios, comportamentos musicais do mundo, eles apenas conhecem o padrão musical mundano;
Tal padrão, consiste na valorização da técnica, por não conhecerem a unção de Deus que realmente toca o espírito, músicos seculares se valem da técnica e da dinâmica para dar à música que toca um tom mais
intimista e "emocionar" a quem ouve.
Esse é apenas um dos padrões, existe a questão do comportamento, da ética e do ego.
O padrão cristão é justamente o contrário, ele se baseia na humildade, no quebrantamento e na renúncia: Altar é lugar de Renuncia e Morte!
Querer colocar o padrão humano como argumento de que podemos fazer o melhor a Deus, é um alto risco, uma vez que Deus não quer a nossa perfeição, ele quer a nossa imperfeição, quando reconhecemos que  somos falhos, que precisamos de arrependimento, é cantar como o publicano e não como o fariseu, as escrituras dizem: Um coração contrito Deus não despreza!
A substituição de padrões é evidente e bíblica também, veja só:
Em Êxodo 31:1-3 : Então disse o Senhor a Moisés: "Eu escolhi Bezalel, filho de Uri, Filho de Ur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade artística.
Quando os filhos de Israel saíram do Egito, eram peritos nas obras de construção, era isso o que eles faziam lá, eram mestres de obras, eram construtores. Ao pedir para se construir um tabernáculo, certamente eles o fariam, porém na arquitetura egípcia, mas este não era o padrão de Deus.
Deus tem um padrão próprio, um estilo próprio, não aceita o padrão mundano, por isso Ele encheu aquele homem de destreza e habilidade para fazer o que Ele queria, as medidas, o estilo, a cor, o material do tabernáculo tudo foi descrito minusciosamente por Deus, porque é o padrão dEle que importa.

Um Grande Abraço e até a próxima!

Edney S. Oliveira